Checklist de documentos obrigatórios para o envio de Artigos Perigosos

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O transporte aéreo de artigos perigosos, como produtos químicos perigosos ao transporte aéreo tais como inflamáveis ou radioativos, requer atenção redobrada — não só no manuseio, mas também na documentação exigida para garantir segurança e conformidade com as normas internacionais.

Seja você um despachante, operador logístico, agente de carga ou profissional envolvido com embarques aéreos, é fundamental conhecer os documentos obrigatórios exigidos pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) no Brasil.

Neste artigo, você confere um checklist completo com os principais documentos que devem acompanhar uma carga perigosa para evitar atrasos, penalidades e riscos operacionais.

Por que a documentação é tão importante no transporte de artigos perigosos?

O envio de materiais classificados como perigosos envolve riscos à aeronave, à tripulação e ao meio ambiente. Por isso, existe uma regulamentação rigorosa, que determina exatamente quais documentos devem acompanhar cada remessa.

A ausência ou preenchimento incorreto desses documentos pode resultar em:

  • Recusa da carga pela companhia aérea
  • Multas e sanções regulatórias
  • Atrasos na liberação alfandegária
  • Riscos à segurança da operação

Checklist de documentos cbrigatórios para Carga Perigosa

1. Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos (Shipper’s Declaration)

Documento obrigatório para cargas classificadas como perigosas. Deve conter:

  • Nome técnico do produto
  • Número ONU (UN Number)
  • Classe de risco (Hazard Class)
  • Grupo de embalagem
  • Quantidade e tipo de embalagem
  • Instruções de Embalagem correta
  • Nome e telefone da Pessoa responsável contato de Emergência
  • Assinatura do expedidor treinado em DGR

Dica: este documento deve ser preenchido conforme a Seção 8 da do manual de Artigos Perigosos da IATA OU IS 175 011 da ANAC

2. Conhecimento Aéreo (Air Waybill – AWB)

Documento que formaliza o contrato de transporte com a companhia aérea. Deve indicar:

  • Presença de carga perigosa
  • Código apropriado da mercadoria (e.g., DGD – Dangerous Goods Declaration)
  • Observações exigidas pela IATA

3. Ficha de Informações de Segurança (FDS/ SDS)

Usada para indicar os riscos da substância. É exigida especialmente para:

  • Produtos químicos que podem ser Regulados ou Não Regulados

4. Autorização de Transporte (quando aplicável)

Para substâncias altamente controladas, é necessário apresentar:

  • Licenças ambientais ou sanitárias
  • Autorização da ANVISA, IBAMA ou Exército Brasileiro, conforme o caso

5. Etiquetas e Marcas

Além dos documentos físicos, a carga deve estar acompanhada das etiquetas regulamentares visíveis:

  • Classe de risco
  • Seta de orientação (“This Side Up”)
  • Etiqueta “Cargo Aircraft Only” (se aplicável)
  • Além de Marcas específicas conforme a Regulamentação

Dicas para evitar problemas com documentação

  • Certifique-se de que todos os dados estão corretos e legíveis
  • Utilize modelos atualizados com base nas últimas edições da IATA DGR
  • Somente profissionais certificados no Curso DGR podem assinar a documentação
  • Verifique exigências adicionais para voos internacionais ou cargas especiais

O transporte aéreo de artigos perigosos exige muito mais do que uma embalagem segura — a documentação precisa estar 100% correta para garantir o embarque. Seguir esse checklist ajuda a evitar falhas, atrasos e prejuízos operacionais.

Se você trabalha com cargas classificadas como perigosas, manter esse controle documental é essencial para o sucesso e a legalidade da operação.

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